21/06/09

O desabafo de hoje

Por mais que eu fale, nunca ninguém vai saber exatamente aquilo que eu sinto por dentro, porque há coisas que são simplesmente impossíveis de serem expressadas por palavras. Aquele sentimento de injustiça, de revolta, de pensar: porque isso está a acontecer comigo? logo eu, que nunca faço mal a minguém!
Pronto, a vida é assim, vamos descobrindo aos poucos que o ser humano, em princípio, tem apenas maldade dentro de si. Não digo aquela maldade de matar uma pessoa, por exemplo, mas aquela maldade de ver apenas os defeitos, de não ajudar o próximo, de criticar, de dizer coisas que não correspondem à verdade... A lista é imensa!
Eu disse ha pouco tempo que ando farta das pessoas. E ando mesmo. Quero/preciso voltar às minhas raízes, nem que seja por pouco tempo, para desfazer essa ilusão de que apenas aqui, ao redor de mim as pessoas são más. Incrível eu pensar assim? Não! Mas eu preciso ver os meus, ver a minha terra, olhar, sentir, falar, ouvir, e ter a consciência de que mudam as culturas, as etnias, os climas, e tudo mais... e as pessoas continuam as mesmas. Aquelas que ainda não foram tocadas, lapidadas, que são meros bonecos do universo, movendo-se pra lá e pra cá e seguindo os seus instintos de humanos. São animais racionais, feitos à imagem e semelhança de Deus(atenção, imagem e semelhança, mais nada), mas lhes falta um sopro pra deixarem de ser criaturas.

Estou farta!


"Não queremos que alguém ache defeito no nosso trabalho, por isso fazemos o possível para não atrapalhar ninguém. Pelo contrário, em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as dificuldades. Temos sido chicoteados, presos e agredidos nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer. Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro, pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus. Por vivermos em obediência à vontade de Deus, temos as armas que usamos tanto para atacar como para nos defender. Somos elogiados e caluniados; alguns nos insultam, outros falam bem de nós. Somos tratados como mentirosos, mas falamos a verdade; somos tratados como desconhecidos, embora sejamos conhecidos de todos; somos tratados como mortos, mas, como vocês estão vendo, continuamos vivos. Temos sido castigados, mas não fomos mortos.
Às vezes ficamos tristes, outras vezes ficamos alegres. Parecemos pobres, mas enriquecemos muitas pessoas. Parece que não temos nada, mas na verdade possuímos tudo."

II Cor 6:3-10


Isso podia ter sido escrito por alguém que era estrangeiro numa terra hostil. Podia ter sido escrito por alguém que sofria injustiças calado, que se sentia triste e revoltado muitas vezes. E foi escrito por uma pessoa que viveu tudo isso e muito mais. Aquilo que eu sinto, que eu vivo, não é nada em comparação a isto.
Mas fica aqui registado que o sofrimento humano é universal, pessoal e
intransferível.

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